quarta-feira, 10 de junho de 2015

Asnecessidades educativas especiais

Introdução
O presente trabalho que aborda sobre As necessidades especiais na linguagem e os alunos com necessidades educativas especiais comportamentais, surge no âmbito da cadeira de Necessidades Educativas Especiais, leccionada na Universidade Pedagógica de Moçambique, Delegação do Niassa, concretamente no 4ºano do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia com habilitações em Historia.
Para tal procurou-se responder alguns objectivos desde o sentido geral aos específicos. Tem como objectivo geral compreender as necessidades especiais na linguagem e os alunos com necedades educativas especiais comportamentais e; objectivos específicos: identificar as alterações na fala e possíveis intervenções no contexto escolar; compreender as dificuldades frequentes na linguagem escrita, destacar dos sinais de alerta, causas e classificação dos alunos com necessidades educativas especiais comportamentais.
O trabalho esta estruturado em índice onde constam todos assuntos abordados neste trabalho, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas que foram usadas para a concretização da pesquisa.
Dentre varias metodologias, para a realização deste trabalho foram essenciais a revisão bibliográfica compilação de dados e análise critica realizadas a partir de debates do grupo.








1.1. Alteração da Fala (deslexia e disfemia)

Segundo ALMEIDA (2009), refere que são várias as alterações da fala. Mas para tal, o grupo vai referir-se das seguintes: dislexia e disfemia.
a)      Dislexia  (do grego Δυσλεξία, dis- distúrbio, lexis palavra) é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado. É uma doença que dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é dislexico não consegue por causa da dificuldade.

b)      Disfemias
São perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações dos órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é a gagueira (tartamudez).

A Disfemia é uma desordem da comunicação humana que vem despertando a curiosidade de fonoaudiólogos, foniatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais afins, além de leigos que lidam com indivíduos portadores de gagueira. Caracteriza-se por hesitação, silabação, precedida ou intercalada dos fonemas qui, que, ga, gue.
A gagueira revela a tendência de aumentar ou diminuir sob a influência da emoção.
Segundo o dicionário, gaguejar é falar com repetições, pronunciar as palavras com hesitação e sem clareza de sons mas, na realidade, a gagueira está muito além do simples ato de falar com bloqueios e/ou repetições.                                                   

1.1.1. Causas da Dislexia e difemia
A origem da Dislexia e disfemia, segundo Thereza Cristina dos Santos, está no eixo corporal, na base psicomotora, cujo desenvolvimento é anterior à escrita. Para aprender a ler, a criança precisa ter consciência de seu eixo corporal, lado direito, lado esquerdo, etc. O disléxico não tem essa noção de lateralidade e vai confundir eternamente direita e esquerda. O seu diagnóstico é muito semelhante ao do de outros distúrbios de aprendizagem. Por isso, é preciso muito cuidado para não rotular toda e qualquer alteração de leitura como Dislexia. (ALMEIDA, 2009).

Esta tem sempre como causa primária a relação espacial alterada, fazendo com que a criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita. O diagnóstico da Dislexia exige quase sempre uma equipe multidisciplinar, formada por neurologista, psicólogo, psiquiatra e psicopedagogo. Esta equipe tem a função básica de eliminar outras causas responsáveis pelas trocas de letras e outras alterações de linguagem. (IDEM, 2009).

1.1.2.Tratamento da Dislexia
Apesar de haver variações em função da especificidade de cada paciente, de uma maneira geral o tratamento da dislexia faz uso de estratégias que busquem desenvolver a competência na leitura e na escrita. Entre estas estratégias estão os trabalhos com: processamento visual, processamento auditivo, processamento da linguagem, atenção, memória, organização e motivação. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhores serão os resultados.

1.1.3.Identificação e intervenção no contexto escolar
A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos de alfabetização, o multissensorial e o fónico. Enquanto o método multissensorial é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso escolar, o método fónico é indicado para crianças mais jovens e preferencialmente ser introduzido logo no início da alfabetização.
Apesar de não existir cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito para conduzir a criança com esse tipo de problema às actividades normais. Assim destacam-se:
Ø  Escolas especiais: as escolas especiais tem aulas especiais de apoio para crianças com dislexia, embora haja, muitas vezes, dificuldade em identificar a doença.
Ø  Professores particulares: Para atender às necessidades dos educandos com dislexias é importante que a escola tenha professores qualificado para o ensino da língua materna. Os professores precisam conhecer a fonologia aplicada à alfabetização e ter conhecimentos linguísticos e metalinguísticos aplicados aos processos de leitura e escrita.
Ø  Aprendizado de palavras difíceis: Todas pessoas têm dificuldades diferentes no aprendizado de diferentes palavras, pois existem muitos factores que influenciam a facilidade ou dificuldade no reconhecimento de palavras.
Dentre os factores mais importantes para escrever uma palavra correctamente estão: Tamanho da palavra; Presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos; Familiaridade com a palavra; Frequência que ela é usada; Idade com a qual ela foi aprendida; Repetição do uso dessa palavra; Significado dessa palavra; Contexto no qual ela é utilizada; Similaridade entre a forma escrita e a forma falada; Interacção dessa palavra com outras.

1.2. Linguagem escrita
A linguagem escrita, como uma das formas de expressão do pensamento, pode apresentar alterações significativas. A agrafia é a manifestação escrita das alterações afásicas na linguagem oral. Ainda que exista uma dissociação entre a possibilidade de denominar por escrito e verbalmente, a ausência da palavra existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral.
A redução da linguagem e o agramatismo apresentam o seu equivalente escrito; o mesmo para o jargão e para as parafasias, cuja escrita constitui, às vezes, um modo de facilitação privilegiada, da mesma forma que ela fornece numerosos exemplos de dissintaxia. Mesmo que seja corrigida as manifestações gráficas da Afasia, persistirá para sempre uma disortografia rebelde. Portanto, nos escritos dos pacientes afásicos é possível encontrar quase todas as alterações estudadas na linguagem oral.                        

1.2.1. Dificuldades mais Frequentes (Dislexia e Disgrafia)
a)      Dislexia
Dislexia
é um distúrbio específico da linguagem caracterizado pela dificuldade em descodificar (compreender) palavras. Segundo a definição elaborada pela Associação Brasileira de Dislexia, trata-se de uma insuficiência do processo fonoaudiológico e inclui-se frequentemente entre os problemas de leitura e aquisição da capacidade de escrever e soletrar. Resumidamente podemos entender a Dislexia como uma alteração de leitura.
Apesar da criança disléxica ter dificuldade em descodificar certas letras, não o fazem devido a algum problema de défice cognitivo. Normalmente esses pacientes apresentam um QI perfeitamente compatível com a idade.

b)      Disgrafia
Nos diferentes aspectos da Dislexia, a Disgrafia é caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de ideias e de conhecimentos através desse específico canal de comunicação. Há disléxicos sem problemas de coordenação psicomotora, com uma linguagem corporal harmónica e um traçado livre e espontâneo em sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com Leitura e/ou com a interpretação da Linguagem Escrita. (MARTINS, 2003).
Mas há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e de números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do traçado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que escreveram.  
Existem teorias sobre as causas da Disgrafia; uma delas aborda o processo de integração do sentido visão com a coordenação do comando cerebral do movimento. É especialmente complicado para esses disléxicos, monitorar a posição da mão que escreve, com a coordenação do direccionamento espacial necessário à grafia da letra ou do número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isso, eles podem reforçar pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o que a mão está traçando durante a escrita. (IDEM, 2003).
Também podem inclinar a cabeça para tentar ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular. Disgráficos, com frequência, experimentam, em diferentes graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à gravidade, desde a infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldades em subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, amarar cordoes de sapatos, jogando ou apanhando bola.
Tarefas que envolvem coordenação de movimentos com direcionamento visual podem chegar a ser, até, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma linha e, destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traçado da letra e do número e de suas sequências coordenadas, podem transformar-se em trabalho especialmente laborioso. Razão porque se torna extremamente difícil para o disléxico aprender a escrever pela observação da sequência de movimentos ensinadas pelo professor. (MARTINS, 2003).
Dificuldades também surgem na construção com blocos, no encaixe de quebra-cabeças, ao desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos ponteiros do relógio na Leitura das horas. A escrita, para o disgráfico, pode tornar-se uma tarefa muito difícil e exaustiva, extremamente laboriosa e cansativa, podendo trazer os mais sérios reflexos para o desenvolvimento do ego dessa criança, desse jovem, a falta de entendimento, de diagnóstico e do imprescindível e adequado suporte psicopedagógico.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.1 É uma doença que dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é disléxico não consegue por causa da dificuldade.


1.2.2.Causas da dislexia
Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia, parte por causas genéticas, parte por fatores congénitos  (durante o desenvolvimento no útero).  Uma das possíveis causas, é a exposição do feto a doses excessivas de testosterona durante a gestação, o que explicaria a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino, pois fetos do sexo feminino tendem a serem abortados com o excesso de testosterona.
Classificação feita com base na causa da dislexia:
ü  Primária ou genética: Disfunção do lado esquerdo do cérebro, persiste até a idade adulta, hereditário e atinge leitura, escrita e pronuncia, mais comum em meninos;
ü  Secundária ou de desenvolvimento: Pode ser causada por hormônios, má nutrição, negligência e abusos infantis, diminui com a idade;
ü  Tardia ou por trauma: Causada por lesões a áreas do cérebro responsáveis por compreensão de linguagem, raro em crianças.
Especialistas garantem que o cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar “cobertura” a essa deficiência. Para os pais, o importante é estar ciente de que ela pode ser inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem.

1.2.3.As principais dificuldades da dislexia
Leitura:
ü  Dificuldades na decodificação das palavras escritas;
ü  Dificuldades na compreensão do que foi lido.
Escrita:
ü  Problemas ortográficos de diversas naturezas (ex. Escrever Errado, Trocar Letras);
ü  Disgráfias (dificuldades no traçado das letras);
ü  Dificuldades em escrever textos (textos pobres em conteúdo e em coerência).

Um aluno detém uma Necessidade Educativas Especial comportamental quando apresenta algum problema de aprendizagem no decorrer da sua escolarização, necessitando de uma atenção específica e de mais ou diferentes recursos educativos do que os seus pares.

1.3.1.Conceito, sinais de alerta, causas e classificação
a)      Conceito
Segundo MECB (1994: 13), alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam.
Manifestações de comportamentos típicos, portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
Para LIMA (2008: 14), alunos com NEE comportamentais são aqueles que têm comprometimentos acentuados no funcionamento intelectual e comportamento adaptativo (deficiência mental) que lhes origina problemas na aprendizagem, académica ou social.
Em função das duas definições acima conclui-se que alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam problemas comportamentais na sua aprendizagem, quer seja psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.
b)      Sinais de alerta
As crianças ditas normais, que representam a maioria das pessoas, e através destas temos medidas desempenhos, que são então e por isso, considerados a norma padrão, logo, aqueles que se desviem dessa norma, quer por excesso quer por defeito, são aqueles que não são normais e enquadráveis nesta categoria: a deficiência mental (aqueles que apresentam resultados inferiores á média) e, os sobredotados ou dotados que apresentam resultados acima da média) (CORREIA, 1997 apud LIMA, 2008: 14).
FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 27) apontam os seguintes sinais:
Problemas de Aprendizagem relacionadoscom:
Ø  Dificuldades na linguagem oral;
Ø  Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
Ø  Dificuldades em seguir orientações e instruções;
Ø  Dificuldade de memorização auditiva;
Ø  Problemas de atenção;
Ø  Problemas de lateralidade.
Na leitura e/ ou na escrita:
Ø  Possíveis confusões (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...)
Ø  Possíveis inversões; (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...)
Ø  Possíveis omissões: (ex: livo/livro; batata/bata...)

 

c)      Causas

CORREIA (2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 28), aponta as seguintes causas:
Ø  Causas orgânicas: factores pré-natais (Ex.: Factores teratogénicos (que provocam o desenvolvimento de anomalias durante a gestação, ou seja, crescimento anormal ou malformação do feto) como, por exemplo, o álcool, cocaína e chumbo); Factores pré-natais (Ex.: Anoxias; uso de fórceps; prematuridade); Factores pós-natais (Ex.: Traumatismo craniano; meningites; encefalites; diabetes) Factores hereditários (Hereditariedade/transmissão genética – estudos com gémeos monozigóticos e dizigóticos tendo por base os problemas na leitura; familialidade – tendência de ocorrência de um problema numa família como, por exemplo, uma dislexia);
Ø  Causas educacionais: Atrasos de maturação (Maturação lenta dos processos visual, motor, de linguagem e de atenção que constituem a base do desenvolvimento cognitivo/Igualar o currículo ao nível de prontidão da criança) Estilos cognitivos (Forma como um indivíduo percebe, recorda e resolve problemas ao interagir e estar no mundo/Adequar estratégias aos estilos de aprendizagem da criança);
Ø  Causas ambientais: estas causas assentam em teorias que advogam que há factores ambientais que contribuem para o aparecimento de DA em crianças tidas como “normais”, ou para o agravamento dos défices que elas possuem, considerando-os como “forças, condições ou estímulos externos” que colidem com a criança afectando-lhe a sua capacidades de realização escolar.
Ø  Mal nutrição e estimulação deficitária;
Ø  Diferenças socioculturais;
Ø  Clima emocional adverso;
Ø  Tóxicos ambientais;
Ø  Dispedagogias / Ensino inadequado.

d)      Classificação
Segundo CORREIA (2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 02), classifica os alunos com necessidades especiais em 2 grupos: 
Ø  Risco educacional: os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto de factores tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos, ambientes socioeconómicos e sócio-emocionais mais desfavoráveis, entre outros, podem vir a experimentar insucesso escolar. Estes factores, que de uma maneira geral não resultam de imediato numa “discapacidade” ou problemas de aprendizagem, caso não mudem ou sejam atendidos através de uma intervenção adequada, podem constituir um sério risco para o aluno, em termos académicos e sociais.

Ø  Sobredotação: as crianças e os adolescentes sobredotados são aqueles identificados por pessoas qualificadas profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões excepcionais, são capazes de atingir um alto rendimento. Essas crianças e adolescentes requerem programas e/ou serviços educativos específicos, dentro da designada “Educação para a sobredotação”, diferentes daqueles que os programas escolares normais proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu potencial no sentido de virem a prestar uma contribuição significativa, quer em relação a si mesmos, quer em relação à sociedade em que se inserem.
RENZULLI (1979) apud CORREIA (2008: 03) afirma que a sobredotação deve congregar pelo menos 3 factores essenciais:
Ø  Uma capacidade mental superior à média; 
Ø  Uma grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa (motivação);
Ø  Uma capacidade criativa elevada que permita ao indivíduo produzir, visualizar, dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.

1.4.As dificuldades de conduta e a relação do comportamento
Alunos com necessidades educacionais especiais ressaltam que se utiliza o termo “condutas típicas”para evitar termos utilizados antigamente, como transtornos de conduta,distúrbios de comportamento, desajuste social, distúrbios emocionais, queacabavam desqualificando a pessoa que era acometida por esses problemas.
Segundo outro documento do MECB (1994: 33)
Há condutas relacionadas a quadros psicológicos temporários, assim como condutas relacionadas a quadros neurológicos, psicológicos complexos e psiquiátricos persistentes. Para nós, educadores (as),é importante a atenção a alguns comportamentos específicos que podem sinalizar que criança pode ter um quadro de condutas típicas que acaba por dificultar ou mesmo impedi-la de aprender. Citaremos alguns deles: medos; automutilação; alheamento do contexto externo; timidez; recusa em verbalizar e em manter contacto visual; agredir; gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente; dar atenção a estímulos sem relevância, entre outros.
Para MECB (1994: 33) as condutas típicas que aparecem com maior frequência, portanto que são mais detectadas em nossa sociedade e que, por isso, são mais fáceis de serem descritas são:
Ø  Distúrbios da atenção: encontramos crianças que apresentam dificuldades em atender a estímulos corriqueiros, distraindo-se com qualquer outro estímulo – um barulho do lado de fora da sala, o cabelo da colega do lado, uma mosca passando. Geralmente, são crianças que se movimentam com muita frequência. Outras crianças podem conseguir prestar atenção ao (à) professor(a), mas por um curto espaço de tempo, apresentando dificuldades em concentrar-se para realizar suas actividades. Há ainda crianças com distúrbios de atenção que seleccionam e respondem a alguns aspectos da realidade, por exemplo crianças que não respondem a nenhuma pergunta, mas sempre que há um colega conversando, informam ao (à) professor(a).
Ø  Hiperactividade – Geralmente, uma criança hiperactiva não consegue controlar seu comportamento motor, movimentando-se, agitando-se e dificultando seu envolvimento com certa acção ou tarefa.
Ø  Impulsividade – A criança impulsiva não tem a preocupação de parar para reflectir, analisar, tomar decisões, dando respostas instantâneas perante a situação em que se encontra. Muitas vezes, a hiperactividade e a impulsividade conjugam-se e a criança apresenta estes dois tipos de comportamento.
Ø  Alheamento – Característica de crianças que não se envolvem com o meio social, recusando-se a manter contacto com as pessoas, seja físico, verbal ou afectivo.
Ø  Agressividade física e/ou verbal – Caracteriza-se por xingamentos, ameaças, utilização de linguagem e acções destrutivas, como bater, beliscar, dentre outros comportamentos agressivos físicos ou verbais. Ocorrem com frequência e são dirigidos a si próprio ou a uma outra pessoa ou a objectos.
Para se trabalhar com estas crianças, algumas estratégias podem ser criadas:
Ø  Na sala de aula, os limites devem ser muito bem explicados e lembrados sempre que necessário. É preciso que as regras para se viver no colectivo sejam claras.
Ø  Algumas vezes será necessário que o trabalho seja individualizado, respondendo-se pedagogicamente às necessidades educacionais dos alunos.
Ø  É importante que a sala de aula seja um ambiente desafiador para a criança. Contudo, algumas crianças precisam ser esclarecidas sobre os passos que deverão seguir, quais as actividades que ocorrerão durante o dia, pois esta explicação diminui a ansiedade, permitindo que ela acompanhe a aula com mais tranquilidade. Devido a isso, sem deixar de entender a planificação como algo flexível, é importante ter uma certa estruturação do tempo, do espaço, dos materiais e da realização das actividades, propiciando a estas crianças acompanhar o quotidiano pedagógico com menor ansiedade.

1.4.1.Particularidades dos alunos com NEE comportamentais
A presença de alunos com NEE em sala de aula é um factor determinante para o redimensionamento das práticas avaliativas, especialmente quando suas limitações são muito específicas, como no caso de alunos com problemas comportamentais.
Segundo MECB (1994: 34), aponta as seguintes particularidades no comportamento do aluno:
Ø  Corpo rígido ao ler ou olhar para um objecto distante;
Ø  Inclinar a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objectos distantes;
Ø  Giro da cabeça para usar um só olho;
Ø  Inclinação lateral da cabeça;
Ø  Colocação da cabeça muito próximo do livro ao ler ou escrever, manter o material muito perto ou muito longe;
Ø  Franzir constantemente as sobrancelhas ao ler ou escrever;
Ø  Piscar os olhos em excesso;
Ø  Esfregar excessivamente os olhos;
Ø  Fechar, cobrir uma vista ou inclinar a cabeça;
Ø  Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção;
Ø  Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual;
Ø  Uso do dedo ou lápis como guia;
Ø  Não gosta, evita, pestaneja muito, tem dificuldade em actividades que requerem a utilização da visão;
Ø  Esbarra em objectos.
Conclusão
Depois da abordagem do tema concluímos que dentre os factores mais importantes para escrever uma palavra correctamente estão: Tamanho da palavra; Presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos; Familiaridade com a palavra; Frequência que ela é usada; Idade com a qual ela foi aprendida; Repetição do uso dessa palavra; Significado dessa palavra; Contexto no qual ela é utilizada; Similaridade entre a forma escrita e a forma falada; Interacção dessa palavra com outras.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.1 É uma doença que dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é disléxico não consegue por causa da dificuldade.
Há condutas relacionadas a quadros psicológicos temporários, assim como condutas relacionadas a quadros neurológicos, psicológicos complexos e psiquiátricos persistentes. Para nós, educadores (as), é importante a atenção a alguns comportamentos específicos que podem sinalizar que criança pode ter um quadro de condutas típicas que acaba por dificultar ou mesmo impedi-la de aprender. Citaremos alguns deles: medos; automutilação; alheamento do contexto externo; timidez; recusa em verbalizar e em manter contacto visual; agredir; gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente; dar atenção a estímulos sem relevância, entre outros.









Bibliografia
ALMEIDA, Vicente. Lingüística Aplicada às dificuldades de aprendizagem relacionadas com  a linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. s/l., s/ed.,  2009.
CORREIA, L. M. Inclusão e Necessidades Educativas Especiais. 2ªed.,
            Porto Editora, Porto, 2008.
FIGUEIREDO, António & MIRANDA, Paulo. Necessidades Educativas Especiais. s/l,
s/d.
LIMA, Carla. Des (inclusão) dos Alunos com NEE. Brasil, 2008.





1 comentário:

  1. Boa noite. Peco que verifique melho a sua abordagem, especificamente nos sinais de alerta e causas das NEE comportamentais. Obrigado

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