Introdução
O
presente trabalho que aborda sobre As
necessidades especiais na linguagem e os alunos com necessidades educativas
especiais comportamentais, surge no âmbito da cadeira de Necessidades
Educativas Especiais, leccionada na Universidade Pedagógica de Moçambique,
Delegação do Niassa, concretamente no 4ºano do Curso de Licenciatura em Ensino
de Geografia com habilitações em Historia.
Para
tal procurou-se responder alguns objectivos desde o sentido geral aos
específicos. Tem como objectivo geral compreender as necessidades especiais na
linguagem e os alunos com necedades educativas especiais comportamentais e;
objectivos específicos: identificar as alterações na fala e possíveis intervenções
no contexto escolar; compreender as dificuldades frequentes na linguagem
escrita, destacar dos sinais de alerta, causas e classificação dos alunos com
necessidades educativas especiais comportamentais.
O
trabalho esta estruturado em índice onde constam todos assuntos abordados neste
trabalho, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas que foram
usadas para a concretização da pesquisa.
Dentre
varias metodologias, para a realização deste trabalho foram essenciais a
revisão bibliográfica compilação de dados e análise critica realizadas a partir
de debates do grupo.
1.1. Alteração da Fala (deslexia e
disfemia)
Segundo
ALMEIDA
(2009), refere que são várias as
alterações da fala. Mas para tal, o grupo vai referir-se das seguintes:
dislexia e disfemia.
a)
Dislexia (do
grego Δυσλεξία, dis-
distúrbio, lexis
palavra) é uma dificuldade na
área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de
outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita,
na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na
realização de operações aritméticas (
discalculia)
e no funcionamento da memória de curta duração.
A
dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização,
sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado. É uma doença que
dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas que é dislexico
não consegue por causa da dificuldade.
b) Disfemias
São
perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações
dos órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio
mais importante é a gagueira (tartamudez).
A Disfemia
é uma desordem da comunicação humana que vem despertando a curiosidade de
fonoaudiólogos, foniatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais
afins, além de leigos que lidam com indivíduos portadores de gagueira.
Caracteriza-se por hesitação, silabação, precedida ou intercalada dos fonemas
qui, que, ga, gue.
A gagueira
revela a tendência de aumentar ou diminuir sob a influência da emoção.
Segundo o dicionário, gaguejar é falar com repetições, pronunciar as palavras
com hesitação e sem clareza de sons mas, na realidade, a gagueira está muito
além do simples ato de falar com bloqueios e/ou repetições.
1.1.1. Causas
da Dislexia e difemia
A origem da Dislexia
e disfemia, segundo Thereza Cristina dos Santos, está no eixo
corporal, na base psicomotora, cujo desenvolvimento é anterior à escrita. Para
aprender a ler, a criança precisa ter consciência de seu eixo corporal, lado
direito, lado esquerdo, etc. O disléxico não tem essa noção de lateralidade e
vai confundir eternamente direita e esquerda. O seu diagnóstico é muito
semelhante ao do de outros distúrbios de aprendizagem. Por isso, é preciso
muito cuidado para não rotular toda e qualquer alteração de leitura como Dislexia. (ALMEIDA,
2009).
Esta tem
sempre como causa primária a relação espacial alterada, fazendo com que a
criança não consiga decifrar satisfatoriamente os códigos da escrita. O
diagnóstico da Dislexia exige quase sempre uma equipe
multidisciplinar, formada por neurologista, psicólogo, psiquiatra e
psicopedagogo. Esta equipe tem a função básica de eliminar outras causas
responsáveis pelas trocas de letras e outras alterações de linguagem. (IDEM, 2009).
1.1.2.Tratamento da
Dislexia
Apesar
de haver variações em função da especificidade de cada paciente, de uma maneira
geral o tratamento da dislexia faz uso de estratégias que busquem desenvolver a
competência na leitura e na escrita. Entre estas estratégias estão os trabalhos
com: processamento visual, processamento auditivo, processamento da linguagem,
atenção, memória, organização e motivação. Quanto mais precoce o diagnóstico e
o tratamento, melhores serão os resultados.
1.1.3.Identificação
e intervenção no contexto escolar
A intervenção na
dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos de
alfabetização, o multissensorial e o fónico.
Enquanto o método multissensorial é mais indicado para crianças mais velhas,
que já possuem histórico de fracasso escolar, o
método fónico é
indicado para crianças mais jovens e preferencialmente ser introduzido logo no
início da alfabetização.
Apesar de não existir
cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito para
conduzir a criança com esse tipo de problema às actividades normais. Assim
destacam-se:
Ø Escolas especiais: as escolas especiais tem aulas especiais de apoio
para crianças com dislexia, embora haja, muitas vezes, dificuldade em
identificar a doença.
Ø Professores
particulares: Para atender às necessidades dos educandos com
dislexias é importante que a escola tenha professores qualificado para o ensino
da língua materna. Os professores precisam conhecer a fonologia aplicada à
alfabetização e ter conhecimentos linguísticos e metalinguísticos aplicados aos
processos de leitura e escrita.
Ø Aprendizado de palavras
difíceis: Todas pessoas têm dificuldades diferentes no aprendizado
de diferentes palavras, pois existem muitos factores que influenciam a
facilidade ou dificuldade no reconhecimento de palavras.
Dentre os
factores mais importantes para escrever uma palavra correctamente estão:
Tamanho da palavra; Presença de hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos;
Familiaridade com a palavra; Frequência que ela é usada; Idade com a qual ela
foi aprendida; Repetição do uso dessa palavra; Significado dessa palavra;
Contexto no qual ela é utilizada; Similaridade entre a forma escrita e a forma
falada; Interacção dessa palavra com outras.
1.2. Linguagem escrita
A linguagem escrita, como uma das formas de
expressão do pensamento, pode apresentar alterações
significativas. A agrafia é a manifestação escrita das alterações
afásicas na linguagem oral. Ainda que exista uma dissociação entre a
possibilidade de denominar por escrito e verbalmente, a ausência da palavra
existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral.
A
redução da linguagem e o agramatismo apresentam o seu equivalente escrito; o
mesmo para o jargão e para as parafasias, cuja escrita constitui, às vezes, um
modo de facilitação privilegiada, da mesma forma que ela fornece numerosos
exemplos de dissintaxia. Mesmo que seja corrigida as manifestações gráficas da Afasia,
persistirá para sempre uma disortografia rebelde. Portanto, nos escritos dos
pacientes afásicos é possível encontrar quase todas as alterações estudadas na
linguagem oral.
1.2.1. Dificuldades mais Frequentes (Dislexia e
Disgrafia)
a) Dislexia
Dislexia é um distúrbio específico da linguagem caracterizado
pela dificuldade em descodificar (compreender) palavras. Segundo a definição
elaborada pela Associação Brasileira de Dislexia, trata-se de uma
insuficiência do processo fonoaudiológico e inclui-se frequentemente entre os
problemas de leitura e aquisição da capacidade de escrever e soletrar.
Resumidamente podemos entender a Dislexia como uma alteração de
leitura.
Apesar da
criança disléxica ter dificuldade em descodificar certas letras, não o fazem
devido a algum problema de défice cognitivo. Normalmente esses pacientes
apresentam um QI perfeitamente compatível com a idade.
b) Disgrafia
Nos
diferentes aspectos da Dislexia, a Disgrafia é caracterizada por problemas com
a Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de ideias e de conhecimentos
através desse específico canal de comunicação. Há disléxicos sem problemas de
coordenação psicomotora, com uma linguagem corporal harmónica e um traçado
livre e espontâneo em sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com
Leitura e/ou com a interpretação da Linguagem Escrita. (MARTINS,
2003).
Mas
há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e de números.
Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter
letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do
traçado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há
disgráficos com letra mal grafada mas inteligível, porém outros cometem erros e
borrões que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva,
embora eles mesmos sejam capazes de ler o que escreveram.
Existem
teorias sobre as causas da Disgrafia; uma delas aborda o processo de integração
do sentido visão com a coordenação do comando cerebral do movimento. É
especialmente complicado para esses disléxicos, monitorar a posição da mão que
escreve, com a coordenação do direccionamento espacial necessário à grafia da
letra ou do número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da
visão. Por isso, eles podem reforçar pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto
de seu foco visual, procurando controlar o que a mão está traçando durante a
escrita. (IDEM, 2003).
Também
podem inclinar a cabeça para tentar ajustar distorções de imagem em seu campo
de fixação ocular. Disgráficos, com frequência, experimentam, em diferentes
graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à gravidade, desde a
infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldades em
subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao
tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, amarar cordoes de
sapatos, jogando ou apanhando bola.
Tarefas
que envolvem coordenação de movimentos com direcionamento visual podem chegar a
ser, até, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma
linha e, destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traçado
da letra e do número e de suas sequências coordenadas, podem transformar-se em
trabalho especialmente laborioso. Razão porque se torna extremamente difícil
para o disléxico aprender a escrever pela observação da sequência de movimentos
ensinadas pelo professor. (MARTINS, 2003).
Dificuldades
também surgem na construção com blocos, no encaixe de quebra-cabeças, ao
desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos
ponteiros do relógio na Leitura das horas. A escrita, para o disgráfico, pode
tornar-se uma tarefa muito difícil e exaustiva, extremamente laboriosa e
cansativa, podendo trazer os mais sérios reflexos para o desenvolvimento do ego
dessa criança, desse jovem, a falta de entendimento, de diagnóstico e do
imprescindível e adequado suporte psicopedagógico.
A
dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização,
sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.1 É
uma doença que dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas
que é disléxico não consegue por causa da dificuldade.
1.2.2.Causas
da dislexia
Apesar
de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas
recentes apontam fortes evidências neurológicas para
a dislexia, parte por causas genéticas, parte por fatores congénitos
(durante o desenvolvimento no útero). Uma das possíveis causas, é a
exposição do feto a doses excessivas de testosterona durante
a gestação,
o que explicaria a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino,
pois fetos do sexo feminino tendem a serem abortados com o excesso de
testosterona.
Classificação
feita com base na causa da dislexia:
ü Primária ou genética:
Disfunção do lado esquerdo do cérebro, persiste até a idade adulta, hereditário
e atinge leitura, escrita e pronuncia, mais comum em meninos;
ü Secundária ou de
desenvolvimento: Pode ser causada por hormônios, má nutrição, negligência e
abusos infantis, diminui com a idade;
ü Tardia ou por
trauma: Causada por lesões a áreas do cérebro responsáveis por compreensão
de linguagem, raro em crianças.
Especialistas
garantem que o cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar
“cobertura” a essa deficiência. Para os pais, o importante é estar ciente de
que ela pode ser inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem.
1.2.3.As principais dificuldades da dislexia
Leitura:
ü Dificuldades
na decodificação das palavras escritas;
ü Dificuldades
na compreensão do que foi lido.
Escrita:
ü
Problemas ortográficos de diversas naturezas (ex.
Escrever Errado, Trocar Letras);
ü
Disgráfias (dificuldades no traçado das letras);
ü
Dificuldades em escrever textos (textos pobres em
conteúdo e em coerência).
Um
aluno detém uma Necessidade Educativas Especial comportamental quando apresenta
algum problema de aprendizagem no decorrer da sua escolarização, necessitando
de uma atenção específica e de mais ou diferentes recursos educativos do que os
seus pares.
1.3.1.Conceito, sinais de alerta,
causas e classificação
a)
Conceito
Segundo
MECB (1994: 13), alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam.
Manifestações
de comportamentos típicos, portadores de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e
prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento
educacional especializado.
Para
LIMA (2008: 14), alunos com NEE
comportamentais são aqueles que têm comprometimentos acentuados no
funcionamento intelectual e comportamento adaptativo (deficiência mental) que
lhes origina problemas na aprendizagem, académica ou social.
Em
função das duas definições acima conclui-se que alunos com NEE comportamentais
são aqueles que apresentam problemas comportamentais na sua aprendizagem, quer
seja psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.
b) Sinais de alerta
As
crianças ditas normais, que representam a maioria das pessoas, e através destas
temos medidas desempenhos, que são então e por isso, considerados a norma
padrão, logo, aqueles que se desviem dessa norma, quer por excesso quer por
defeito, são aqueles que não são normais e enquadráveis nesta categoria: a
deficiência mental (aqueles que apresentam resultados inferiores á média) e, os
sobredotados ou dotados que apresentam resultados acima da média) (CORREIA,
1997 apud LIMA, 2008: 14).
FIGUEIREDO
& MIRANDA (s/d: 27) apontam os seguintes sinais:
Problemas de Aprendizagem
relacionadoscom:
Ø Dificuldades
na linguagem oral;
Ø Não
associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
Ø Dificuldades
em seguir orientações e instruções;
Ø Dificuldade
de memorização auditiva;
Ø Problemas
de atenção;
Ø Problemas
de lateralidade.
Na leitura e/ ou na escrita:
Ø Possíveis
confusões (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...)
Ø Possíveis
inversões; (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...)
Ø Possíveis
omissões: (ex: livo/livro; batata/bata...)
c)
Causas
CORREIA
(2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 28), aponta as seguintes causas:
Ø Causas orgânicas:
factores pré-natais (Ex.: Factores teratogénicos (que provocam o
desenvolvimento de anomalias durante a gestação, ou seja, crescimento anormal
ou malformação do feto) como, por exemplo, o álcool, cocaína e chumbo);
Factores pré-natais (Ex.: Anoxias; uso de fórceps; prematuridade); Factores
pós-natais (Ex.: Traumatismo craniano; meningites; encefalites; diabetes)
Factores hereditários (Hereditariedade/transmissão genética – estudos com
gémeos monozigóticos e dizigóticos tendo por base os problemas na leitura;
familialidade – tendência de ocorrência de um problema numa família como, por
exemplo, uma dislexia);
Ø Causas educacionais:
Atrasos de maturação (Maturação lenta dos processos visual, motor, de linguagem
e de atenção que constituem a base do desenvolvimento cognitivo/Igualar o
currículo ao nível de prontidão da criança) Estilos cognitivos (Forma como um
indivíduo percebe, recorda e resolve problemas ao interagir e estar no
mundo/Adequar estratégias aos estilos de aprendizagem da criança);
Ø Causas ambientais:
estas causas assentam em teorias que advogam que há factores ambientais que
contribuem para o aparecimento de DA em crianças tidas como “normais”, ou para
o agravamento dos défices que elas possuem, considerando-os como “forças,
condições ou estímulos externos” que colidem com a criança afectando-lhe a sua
capacidades de realização escolar.
Ø Mal nutrição e estimulação
deficitária;
Ø Diferenças socioculturais;
Ø Clima emocional adverso;
Ø Tóxicos ambientais;
Ø Dispedagogias / Ensino inadequado.
d)
Classificação
Segundo
CORREIA (2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 02), classifica os alunos
com necessidades especiais em 2 grupos:
Ø Risco educacional:
os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto de
factores tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência,
abusos, ambientes socioeconómicos e sócio-emocionais mais desfavoráveis, entre
outros, podem vir a experimentar insucesso escolar. Estes factores, que de uma
maneira geral não resultam de imediato numa “discapacidade” ou problemas de
aprendizagem, caso não mudem ou sejam atendidos através de uma intervenção
adequada, podem constituir um sério risco para o aluno, em termos académicos e
sociais.
Ø Sobredotação:
as crianças e os adolescentes sobredotados são aqueles identificados por
pessoas qualificadas profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões
excepcionais, são capazes de atingir um alto rendimento. Essas crianças e
adolescentes requerem programas e/ou serviços educativos específicos, dentro da
designada “Educação para a sobredotação”, diferentes daqueles que os programas
escolares normais proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu
potencial no sentido de virem a prestar uma contribuição significativa, quer em
relação a si mesmos, quer em relação à sociedade em que se inserem.
RENZULLI
(1979) apud CORREIA (2008: 03) afirma que a sobredotação deve congregar pelo
menos 3 factores essenciais:
Ø Uma
capacidade mental superior à média;
Ø Uma
grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa
(motivação);
Ø Uma
capacidade criativa elevada que permita ao indivíduo produzir, visualizar,
dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.
1.4.As dificuldades de conduta e a
relação do comportamento
Alunos com
necessidades educacionais especiais ressaltam que se
utiliza o termo “condutas típicas”para evitar termos utilizados antigamente,
como transtornos de conduta,distúrbios de comportamento, desajuste social,
distúrbios emocionais, queacabavam desqualificando a pessoa que era acometida
por esses problemas.
Segundo outro documento do MECB (1994:
33)
Há condutas
relacionadas a quadros psicológicos temporários, assim como condutas
relacionadas a quadros neurológicos, psicológicos complexos e psiquiátricos
persistentes. Para nós, educadores (as),é importante a atenção a alguns comportamentos
específicos que podem sinalizar que criança pode ter um quadro de condutas
típicas que acaba por dificultar ou mesmo impedi-la de aprender. Citaremos
alguns deles: medos; automutilação;
alheamento do contexto externo; timidez; recusa em verbalizar e em manter
contacto visual; agredir; gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente;
dar atenção a estímulos sem relevância, entre outros.
Para MECB (1994: 33) as condutas típicas
que aparecem com maior frequência, portanto que são mais detectadas em nossa
sociedade e que, por isso, são mais fáceis de serem descritas são:
Ø Distúrbios da atenção: encontramos crianças que apresentam dificuldades
em atender a estímulos corriqueiros, distraindo-se com qualquer outro estímulo
– um barulho do lado de fora da sala, o cabelo da colega do lado, uma mosca
passando. Geralmente, são crianças que se movimentam com muita frequência.
Outras crianças podem conseguir prestar atenção ao (à) professor(a), mas por um
curto espaço de tempo, apresentando dificuldades em concentrar-se para realizar
suas actividades. Há ainda crianças com distúrbios de atenção que seleccionam e
respondem a alguns aspectos da realidade, por exemplo crianças que não
respondem a nenhuma pergunta, mas sempre que há um colega conversando, informam
ao (à) professor(a).
Ø Hiperactividade – Geralmente, uma criança hiperactiva não consegue
controlar seu comportamento motor, movimentando-se, agitando-se e dificultando
seu envolvimento com certa acção ou tarefa.
Ø Impulsividade – A criança impulsiva não tem a preocupação de
parar para reflectir, analisar, tomar decisões, dando respostas instantâneas
perante a situação em que se encontra. Muitas vezes, a hiperactividade e a
impulsividade conjugam-se e a criança apresenta estes dois tipos de
comportamento.
Ø Alheamento – Característica de crianças que não se envolvem
com o meio social, recusando-se a manter contacto com as pessoas, seja físico,
verbal ou afectivo.
Ø Agressividade física e/ou
verbal – Caracteriza-se por xingamentos, ameaças,
utilização de linguagem e acções destrutivas, como bater, beliscar, dentre
outros comportamentos agressivos físicos ou verbais. Ocorrem com frequência e
são dirigidos a si próprio ou a uma outra pessoa ou a objectos.
Para se trabalhar com estas crianças,
algumas estratégias podem ser criadas:
Ø Na sala de aula, os limites devem ser muito bem
explicados e lembrados sempre que necessário. É preciso que as regras para se
viver no colectivo sejam claras.
Ø Algumas vezes será necessário que o trabalho seja
individualizado, respondendo-se pedagogicamente às necessidades educacionais
dos alunos.
Ø É importante que a sala de aula seja um ambiente
desafiador para a criança. Contudo, algumas crianças precisam ser esclarecidas
sobre os passos que deverão seguir, quais as actividades que ocorrerão durante
o dia, pois esta explicação diminui a ansiedade, permitindo que ela acompanhe a
aula com mais tranquilidade. Devido a isso, sem deixar de entender a
planificação como algo flexível, é importante ter uma certa estruturação do
tempo, do espaço, dos materiais e da realização das actividades, propiciando a
estas crianças acompanhar o quotidiano pedagógico com menor ansiedade.
1.4.1.Particularidades dos alunos com NEE
comportamentais
A presença de alunos com NEE em sala de
aula é um factor determinante para o redimensionamento das práticas
avaliativas, especialmente quando suas limitações são muito específicas, como
no caso de alunos com problemas comportamentais.
Segundo MECB (1994: 34), aponta as
seguintes particularidades no
comportamento do aluno:
Ø Corpo
rígido ao ler ou olhar para um objecto distante;
Ø Inclinar
a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objectos distantes;
Ø Giro
da cabeça para usar um só olho;
Ø Inclinação
lateral da cabeça;
Ø Colocação
da cabeça muito próximo do livro ao ler ou escrever, manter o material muito
perto ou muito longe;
Ø Franzir
constantemente as sobrancelhas ao ler ou escrever;
Ø
Piscar os olhos em excesso;
Ø Esfregar
excessivamente os olhos;
Ø Fechar,
cobrir uma vista ou inclinar a cabeça;
Ø Falta
de gosto pela leitura ou falta de atenção;
Ø Fadiga
incomum ao terminar uma tarefa visual;
Ø Uso
do dedo ou lápis como guia;
Ø Não
gosta, evita, pestaneja muito, tem dificuldade em actividades que requerem a
utilização da visão;
Ø Esbarra
em objectos.
Conclusão
Depois da
abordagem do tema concluímos que dentre os factores mais importantes para
escrever uma palavra correctamente estão: Tamanho da palavra; Presença de
hiatos, ditongos, dígrafos e trígrafos; Familiaridade com a palavra; Frequência
que ela é usada; Idade com a qual ela foi aprendida; Repetição do uso dessa
palavra; Significado dessa palavra; Contexto no qual ela é utilizada;
Similaridade entre a forma escrita e a forma falada; Interacção dessa palavra
com outras.
A
dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização,
sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.1 É
uma doença que dificulta a parte escolar em que a pessoa precisa aprender, mas
que é disléxico não consegue por causa da dificuldade.
Há condutas relacionadas a quadros
psicológicos temporários, assim como condutas relacionadas a quadros
neurológicos, psicológicos complexos e psiquiátricos persistentes. Para nós,
educadores (as), é importante a atenção a alguns comportamentos específicos que
podem sinalizar que criança pode ter um quadro de condutas típicas que acaba
por dificultar ou mesmo impedi-la de aprender. Citaremos alguns deles: medos; automutilação; alheamento do contexto
externo; timidez; recusa em verbalizar e em manter contacto visual; agredir;
gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente; dar atenção a
estímulos sem relevância, entre outros.
Bibliografia
ALMEIDA, Vicente. Lingüística Aplicada às dificuldades de
aprendizagem relacionadas com a
linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. s/l., s/ed., 2009.
CORREIA, L. M. Inclusão e
Necessidades Educativas Especiais. 2ªed.,
Porto
Editora, Porto, 2008.
FIGUEIREDO,
António & MIRANDA, Paulo. Necessidades
Educativas Especiais. s/l,
s/d.
LIMA,
Carla. Des (inclusão) dos Alunos com NEE.
Brasil, 2008.